“Não queremos carnaval aqui”!

Reunião do Conseg na sede da Associação Comercial de Pinheiros.

Com o fechamento do quadrilátero da Vila Madalena (ZAE), foi a vez dos vizinhos moradores de Pinheiros reclamarem das consequências das multidões que acorreram ao bairro para pular carnaval neste fim de semana.

Pinheirenses lotaram a reunião do Conselho de Segurança de  Pinheiros (Conseg-Pi) desta segunda-feira (05.02), na qual repetiram um apelo que era da Vila nos anos anteriores: “Não queremos carnaval aqui”!

As principais reclamações foram as de sempre: impedimento do direito de ir e vir, barulho, drogas e violência.

Delegado Roberto Kravic

Segundo o delegado titular do 14° Distrito Policial, Roberto Krasovic, foram registrados cerca de 700 boletins de ocorrência no fim de semana, entre os quais brigas, furtos e roubos a pessoas, carros e residências, além dos homicídios do posto de gasolina da Avenida Rebouças.

Outra reclamação unânime foi contra a Prefeitura, por não organizar direito o trânsito, bloquear artérias importantes e, além disso, permitir e organizar a distribuição de cerveja.

De acordo com alguns presentes, a indústria cervejeira está por trás da organização e incentivo do carnaval de rua em São Paulo, para faturar alto  e “viciar” novos consumidores com a venda de bebida.

“Nos países do primeiro mundo é proibido vender e até consumir bebida alcoólica na rua”, lembrou um participante.

O prefeito regional de Pinheiros, Paulo Mathias, também foi muito criticado por não comparecer à reunião para ouvir os moradores, enviando um assessor em seu lugar.

Ao final,  foi aprovado um abaixo assinado para ser levado ao Ministério Público, exigindo providências para evitar futuros transtornos.

VILA TRANQUILA

Moradores da Vila eram poucos no encontro, pois, este ano, ao que parece, não havia muita gente disposta a reclamar.

Cássio Calazans

Para o presidente da Sociedade Amigos da Vila Madalena (Savima), Cássio Calazans,  as medidas preventivas tomadas no bairro foram exitosas, apesar de  pontos idolados de aglomeração fora da ZAE (Zona de Atenção Máxima):

“São necessários ajustes para que o comércio também tenha sua receita e possamos conviver com harmonia no carnaval”, afirmou à imprensa.